Um modelo matemático recente, baseado na lei de potência
de Watson para a relação espécie-área, prevê que a fase mais crítica do
aquecimento global, projetada para o ano 2050, poderá provocar o
desaparecimento de cerca de um quarto das espécies existentes no
ecossistema oceânico. Neste projeto visamos trabalhar com a combinação
de duas das poucas leis exatas em ecologia: as leis de potência de
Taylor e Watson, onde relacionamos a variabilidade de uma geração de
espécies com sua abundância média. Utilizando uma abordagem
computacional, procura-se investigar o modo como o aquecimento global
afetaria não só o número, mas a diversidade das espécies sobreviventes,
além de dar indicações sobre a forma como as espécies restantes num
cenário pós-fase crítica do aquecimento global (extinção ou
recuperação) irá depender da taxa de especiação. Usando dados de
clorofila e produtividade primária, na forma de médias mensais
coletadas por satélites sobre o oceano Atlântico Sul e Tropical, foi
investigado como o aquecimento global pode afetar o número de espécies
bem como seus impactos sobre a biodiversidade marinha. |